EU E A TIA MARIA EVA" NA RIA DE AVEIRO", VENEZA PORTUGUESA!
PASSEIO DE GÔNDOLAS
ESTES PANINHOS DE COPA, GANHEI DA PRIMA PORTUGUESA
ELES TEM OS NOMES DAS REGIÕES QUE VISITEI.
AVEIRO
NAZARÉ
P.VARZIM
PORTO
PORTUGAL, LEMBRA UMA MESA FARTA...
E,COMO UMA DESCENDENTE DE LUSITANOS,NÃO DISPENSO UMA BACALHOADA
MINHA AVÓ FAZIA MUITAS BATATAS AOS MURROS, BATATAS COZIDAS COM BACALHAU E REGADA NO AZEITE, ALGUÉM JÁ APRECIOU?! rs
E PRA COMPLETAR UM BOM VINHO! QUE DELÍCIA!
SALADA DE BERINJELA REGADA COM MUITO AZEITE, SARDINHA NA BRASA! HUM QUE DELÍCIA!
MEU AVÔ LOUREIRO, ERA AQUELE TÍPICO PORTUGUÊS, COM AQUELAS MANIAS, AMAVA PESCAR, ÍAMOS ACAMPAR EM UBATUBA, ERA MUITO BOM E NO CAMPING, REUNIA MUITAS PESSOAS PRA DANÇARMOS "O VIRA" ROBERTO LEAL TOCAVA SEM PARAR EU DANÇAVA E RIA MUITO DAQUILO! ELES AMAVAM FADOS DA AMÁLIA RODRIGUES,COLECIONAVAM OS DISCOS DELA.
MEU AVÔ, TINHA MANIA DE BEBER ÁGUA DO MAR, EU ACHAVA UMA ESQUISITICE, MAS ERA CRIANÇA E BEBIA TAMBÉM,POIS EU ADMIRAVA TANTO AQUELE VELHINHO!EU PESCAVA MUITO PEIXE AGULHA, QDO PESQUEI A 1ª VEZ FOI COM ELE.
AH, NA CASA DOS AVÓS, HAVIA UM PÉ ENORME DE FIGOS, EU COMIA ,ALIÁS SABOREAVA NO PÉ, HAVIA TAMBÉM , UMA PARREIRA, QUE DAVA UVAS DOCINHAS, E MUITA COUVE , ALMEIRÃO E UM PÉ DE PITANGA , ISSO TUDO EM UM QUINTAL EM SP, DÁ PRA ACREDITAR?, BONS TEMPOS!
MINHA VÓ, ENCHIA UMA CAIXA D'AGUA EU TOMAVA BANHO NELA, ERA TÃO GRANDE! A TARTARUGA QUE ELES TINHAM ERA ENORME EU ME SENTAVA NO CASCO DELA, TINHA DUAS LÁ.
NO PORÃO, MEU AVÔ GUARDAVA AS SACAS DE BATATAS, COMPRAVA TUDO DE SACAS, VINHO NO GARRAFÃO, COMPRAVA PEÇAS GRANDES DE MORTADELA, QUEIJO PRATO, SALAME, E GUARDAVA NO ARMÁRIO OS PEDAÇOS QUE CORTAVA, NADA EM GELADEIRA E NÃO ESTRAGAVA ( PORQUÊ?)
FUMAVA, CIGARRINHO DE PALHA, ELE MESMO ENROLAVA,ACHAVA O CHEIRO RUIM.
ADMIRAVA O RELÓGIO DELE DE PULSO, ERA TÃO GRANDÃO E VERDE DENTRO ACHO QUE ERA SEIKO OU ORIENT.
AH , LEMBRO, DO RELÓGIO CUCO E O OUTRO TAMBÉM TOCAVA MUITO, EU DORMIA NO SOFÁ DA SALA, E TINHA UM MEDÃO , NAS MADRUGADAS MEU AVÓ LEVANTAVA PARA IR AO BANHEIRO, O PISO ERA ASSOALHO, E ESCUTAVA OS PASSOS DELES TUM,TUM, ELE ERA BEM GORDINHO E VERMELHÃO COMO UM LEGÍTIMO PORTUGUÊS!
MINHA VÓ PIORINA TINHA MANIA DE CAFÉ COM LEITE, ACABEI DE DESCOBRIR DE QUEM EU HERDEI ESSE GOSTO!
ELA TINHA ATÉ CANEQUINHAS PRÓPRIAS PRA ESQUENTAR O TAL DO CAFÉ COM LEITE!
NAS REFEIÇÕES NÃO FALTAVA O VINHO, EU SUAVA FRIO,QUANDO VIA AQUELE GARRAFÃO POIS, O VOVÔ , ENCHIA UM COPO GRANDE E DIZIA:_ Ó RRRROSANA , CACHOPA , TOME TUDO, POIS FAZ BEM! E FICAVA ME OLHANDO, E PARA NÃO DESAGRADÁ-LO BEBIA TUDINHO, MAS DEPOIS ME DAVA UM SONO, ISSO NÃO TERIA PROBLEMA NENHUM SE FOSSE MAIS VELHA, MAS TINHA APENAS 10 ANOS E FOI ASSIM ATÉ ELE PARTIR.
AOS DOMINGOS, O MENÚ LÁ , ERA, CANJA DE GALINHA, FAROFA ÚMIDA DE FRANGO, BEM ÚMIDA! ARROZ E FRANGO FRITO OU ASSADO, DELÍCIA! QUE TEMPERO! AS QUINTAS - FEIRA, A VÓ FAZIA, MACARRONADA COM PORPETAS( seria almôndegas)
ELES, MORAVAM EM UMA RUA EM SP, QUE HAVIAM MUITOS ITALIANOS, ELA ME CONTOU QUE CONVIVEU COM ELES E APRENDEU PRATOS TÍPICO DE LÁ.
A ÚNICA FAMÍLIA PORTUGUESA DA RUA ERA MINHA FAMÍLIA, O RESTANTE ITALIANOS.
AGORA, NO BRASIL, NÃO TENHO NENHUM PARENTE PORTUGUÊS,SÓ TENHO LÁ EM PORTUGAL, UMA TIA QUERIDA! E PRIMOS.
AQUI NO BRASIL, FICARAM OS FILHOS DOS MEUS TIOS, QUE SÃO DESCENDENTES COMO EU.
O VÓ LOUREIRO ME CONTOU QUE VEIO PARA O BRASIL COMO CLANDESTINO NO NAVIO E JUNTO COM AS BATATAS,COITADO!VEIO PRA FUGIR DA GUERRA E DO PAI DELE, MEU BISAVÔ.
OS PARENTES DE PORTUGAL ME CONTARAM, QUE O BISAVÔ ERA RÍGIDO DEMAIS, BATIA MUITO NO MEU VÓZINHO.
ELE CHEGOU NO PORTO DE SANTOS E DE LÁ FOI PRA SP, PARA CASA DOS TIOS QUE JÁ MORAVAM HÁ ALGUNS ANOS AQUI NO BRASIL E LÁ HAVIA UMA PRIMINHA, ADIVINHEM COM QUEM ELE SE CASOU?
...COM A PRIMA, MINHA AVÔ PIORINA E FOI ASSIM UMA LONGA HISTÓRIA! OLHA ELE AQUI! EM UBATUBA!
A HISTÓRIA É LONGA, ESPERO QUE TENHAM APRECIADO!
LEMBRANÇAS BOAS PRA RECORDAR!
APESAR DA INSISTÊNCIA, MEU AVÔ NÃO QUIZ VOLTAR A PORTUGAL, TALVEZ MEDO DA VIAGEM, ATÉ HOJE, NÃO SEI O MOTIVO, MAS, QUANDO ELE FALAVA DA TERRINHA , DO MAR ,DA PESCA, DAS SALINAS ONDE TRABALHOU, OS OLHOS FICAVAM CHEIOS DE LÁGRIMAS, NUNCA MAIS VOLTOU LÁ...
... MAS EU FUI, E SENTI COMO SE FOSSE ELE VOLTANDO, PASSEI PELOS LUGARES QUE ELE ANDAVA, PELOS CAMPOS, A CASA QUE ELE MOROU AINDA EXISTIA.
LÁ NAQUELA REGIÃO O PROGRESSO NÃO CHEGOU, CONSERVAM A TRADIÇÃO É UMA REGIÃO DE ALDEIAS, MUITO LINDO!
VI, AZEITONAS NO PÉ, MAÇÃS, PERAS, PASSEEI EM TERRAS COM MUITAS PLANTAÇÕES DE UVAS,SENTI O PERFUME DOS BOSQUES,SENTI NA PELE O FRIO DE OUTONO COMECINHO DE INVERNO, TOMEI MUITO VINHO, COMI MUITO BACALHAU ATÉ PASSAR MAL! FRITEI OVO NO AZEITE !
VI O RIO'DOURO , LINDO! SÓ POSSO DIZER A VCS QUE O CÉU DE LÁ É DE UM AZUL INCOMPARÁVEL, TURQUESA!
ENFIM, PUDE CONHECER A TERRINHA DO MEU AMADO E QUERIDO VOVÔ, EU ME SENTIA PARTE DE LÁ, PARECIA QUE EU ERA DAQUELE LUGAR!
AMO O BRASIL, MAS TENHO UM GRANDE AMOR POR PORTUGAL, POIS, FOI LÁ QUE COMEÇOU A MINHA HISTÓRIA TAMBÉM!
AGORA UMA HISTÓRIA MUITO INTERESSANTE DE UM VINHO PORTUGUÊS!
SÃO MESMOS CRIATIVOS!
HISTÓRIA DO VINHO
Intermináveis vinhedos formam a moldura do vale onde corre o rio douro, no norte de Portugal. As uvas vão para as vinícolas da região (onde se transformam, na maioria das vezes, em vinho do porto), e os rendimentos das colheitas, aliados ao turismo, movimentam a economia das cidades ribeirinhas. Uma dessas localidades, que tive a chance de visitar, é a pequena peso da régua, de dez mil habitantes.
O município tem seu corpo de bombeiros que, como acontece em grande parte do país, é formado por voluntários. Trata-se de uma instituição civil e, como tal, permite que seus membros formem associações.
Acontece que o presidente da federação dos bombeiros local, Alfredo Almeida, é um advogado que nunca apagou um incêndio. A vida dele é administrar o presente de 27 corporações de bombeiros. E cuidar, também, do passado delas.
Alfredo escreve crônicas com histórias dos bombeiros de peso da régua e região. Tem um blog e publica artigos num pequeno jornal.
Fazendo pesquisas para seus textos, Alfredo fez uma descoberta, digamos assim, saborosa! Ele encontrou um relato de um voluntário que trabalhou na corporação em 1918.
Naquele ano, a gripe espanhola matou cento e vinte mil pessoas em portugal e pelo menos vinte milhões, no mundo. Em peso da régua não havia ambulâncias, como hoje. Os bombeiros usavam uma maca para carregar os doentes pelas ruas. Trajavam apenas a farda, sem luvas de borracha ou máscaras de proteção.
Para se protegerem contra a doença mortal, os homens bochechavam e bebiam doses de vinho do porto, que tem teor alcoólico superior ao do vinho comum. E, embora não haja prova de que a bebida seja desinfetante, nenhum bombeiro contraiu a gripe na cidade. A tradicional bebida portuguesa pode ter salvo as vidas dos bombeiros do povoado.
