prazeres simples
A voz da experiência
Sempre gostei de ouvir os familiares e amigos mais velhos. Todos
cheios de histórias de épocas passadas, me ensinando a viver melhor o
presente
Texto: Rita Loiola // Foto: Henglein and Steets/Getty Images
É uma conversa que parece não ter fim. Com olhar
curioso e gestos que carregam a experiência de uma vida, ela me ouve.
Tranquila, me conta histórias, mostra o outro lado, aponta o que eu
jamais veria. E todos os meus dramas e sofrimentos se tornam menores. As
alegrias, mais leves e alegres. Era sempre assim quando eu sentava na
varanda e passava horas com a minha avó. E hoje é assim ao conversar com
as minhas tias, tios e amigos mais velhos.
Eles me impressionam com suas ideias e opiniões. Costumam
ser mais ousados e leves que os jovens que conheço. Mesmo quando estão
no dia mais ranzinza, têm a capacidade de rir dos próprios hábitos e
dificuldades. Ganharam certezas forjadas pelo tempo. Têm a coragem de
serem eles próprios, pois não precisam mais fingir para agradar ninguém.
Por terem vivido, conhecem mais a alma humana que muitos que escreveram
sobre ela ou se dedicam a estudá-la. Gosto de ouvi-los, em horas que
parecem momentos recortados do dia, cheios de histórias de épocas
passadas. Entre um café e outro, eles me ensinam a viver melhor o
presente.
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